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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Soneto - Leonardo Henke

           Soneto


Soneto! Lira de Ouro da Poesia!
Órgão de flautas sonoras, magas!
Nau de quatorze remos, que pervagas
Em mares de Belezas e de Estrelas!

Tudo exiges do vate e, após lhe pagas
O esforço com celeste melodia:
Aquela voz divina com que, um dia,
Orfeu brindou as ninfas, sobre as vagas. 

Sorveste de Petrarca o amargo pranto;
Oraste com Camões na desventura;
Nutriste de Bocage o melhor canto; 

E eu admiro, enquanto as almas moves;
Teu reinado que há séculos perdura;
O encanto com que as gerações comoves. 

                           (Leonardo Henke - Coroa de Acrósticos - 
                                Sonetos. Ed. do autor. Curitiba. 
                            década de 1980.)