Soneto
Soneto! Lira de Ouro da Poesia!
Órgão de flautas sonoras, magas!
Nau de quatorze remos, que pervagas
Em mares de Belezas e de Estrelas!
Tudo exiges do vate e, após lhe pagas
O esforço com celeste melodia:
Aquela voz divina com que, um dia,
Orfeu brindou as ninfas, sobre as vagas.
Sorveste de Petrarca o amargo pranto;
Oraste com Camões na desventura;
Nutriste de Bocage o melhor canto;
E eu admiro, enquanto as almas moves;
Teu reinado que há séculos perdura;
O encanto com que as gerações comoves.
(Leonardo Henke - Coroa de Acrósticos -
Sonetos. Ed. do autor. Curitiba.
década de 1980.)
Teu reinado que há séculos perdura;
O encanto com que as gerações comoves.
(Leonardo Henke - Coroa de Acrósticos -
Sonetos. Ed. do autor. Curitiba.
década de 1980.)